sexta-feira, 9 de julho de 2010

O CAMINHO PARA A ESPERANÇA



ELLEN G. WHITE


ÍNDICE

 1.  O AMOR DE DEUS

 2.  A PONTE SOBRE O ABISMO

 3.  LIBERTO DA CULPA

 4.  ABRE O CORAÇÃO A DEUS

 5.  ENTREGA TOTAL

 6.  PAZ MENTAL

 7.  UMA NOVA PESSOA

 8.  CRESCIMENTO EM CRISTO

 9.  ACTIVIDADE E VIDA

10.  O DEUS QUE EU CONHEÇO

11.  O PRIVILÉGIO DE FALAR COM DEUS

12.  EXPULSA A DÚVIDA

13.  ALEGRIA NO SENHOR


INTRODUÇÃO


Tudo aquilo de que nos apercebemos ao nosso redor é sempre afectado, positiva ou negativamente, pela nossa própria estabilidade. Na verdade, o nosso próprio estado de alma determina as leituras que fazemos do mundo que nos rodeia. E a nossa resposta aos estímulos que recebemos é determinada por essa perspectiva interior.

O sentimento de vazio, de falta de realização pessoal, duma tristeza ou infelicidade que nem sempre se consegue definir... enfim, o sentimento de que há algo que poderia ser melhor, já foi ou é de alguma forma experimentado por todos nós.

No fundo, não são apenas as tempestades exteriores que presenciamos, como atentados terroristas, crises sociais, más perspectivas económicas, alterações climáticas, que nos desestabilizam. É a nossa própria situação interior. E aquilo que presenciamos no nosso mundo é apenas a face visível e triste desse conflito interior que atinge toda a humanidade. Conflito que vem do facto de termos eliminado Deus dos horizontes da nossa existência.

Resolver o drama desse conflito é a condição fundamental para se poder viver e agir positivamente nas difíceis situações com que nos confrontamos.

É o que lhe propomos, através do pequeno livro que lhe oferecemos.

O CAMINHO PARA A ESPERANÇA, com diferentes títulos no passado, é um livro extraordinário, já publicado em 135 línguas e dialectos, ao longo de 118 anos, perfazendo um total de mais de 50 milhões de exemplares.

Esta obra proporciona a quem a lê uma imensa paz interior, confiança para a vida e o reconhecimento de que há algo melhor na nossa existência, que precisamos de experimentar.

A capacidade de viver acima dos maiores desafios da vida, com uma profunda paz e realização pessoal, também pode ser sua e é isso que desejamos partilhar consigo. Que a existência de cada um possa ser marcada por essa paz que vem de Deus e que nos capacita a viver através e acima de qualquer tempestade, percorrendo O CAMINHO PARA A ESPERANÇA.



Título Original: Step to Christ
Autora: Ellen G. White

PUBLICADORA SERVIR, S.A.
Rua da Serra, 1 - Sabugo
2715-398 Almargem do Bispo
Portugal

13. ALEGRIA NO SENHOR


Os filhos de Deus são chamados para serem representantes de Cristo, revelando a bondade e a misericórdia do Senhor. Assim como Jesus nos revelou o verdadeiro carácter do Pai, assim devemos revelar Cristo a um mundo que não conhece o Seu terno e compassivo amor. Jesus disse: "Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo." Eu neles, e Tu em Mim; ... para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim." João 17:18, 23. O apóstolo Paulo diz aos discípulos: "É manifesto que vós sois a carta de Cristo ... conhecida e lida por todos os homens." II Coríntios 3:3, 2. Através de cada um dos Seus filhos, Jesus envia uma carta ao mundo. Se és um seguidor de Cristo, Ele envia através de ti uma carta à família, à aldeia, à rua onde tu vives. Jesus, habitando em ti, deseja falar ao coração daqueles que não estão familiarizados com Ele. Talvez eles não leiam a Bíblia, ou ouçam a voz que lhes fala nas suas páginas; eles não vêem o amor de Deus através das Suas obras. Mas, se fores um verdadeiro representante de Jesus, pode ser que, através de ti, eles sejam levados a ter um vislumbre da Sua bondade e sejam atraídos para O amar e servir.

Os cristãos são colocados como portadores de luz no caminho para o Céu. Eles devem reflectir para o mundo a luz que, de Cristo, brilha sobre eles. A sua vida e o seu carácter devem ser de tal modo que, através deles, outros obtenham uma verdadeira concepção de Cristo e do Seu serviço.

Se, de facto, representarmos Cristo, faremos com que o Seu serviço pareça atractivo, como na realidade o é. Os cristãos que acumulam melancolia e tristeza no seu coração, e murmuram e se queixam, estão a dar a outros uma falsa representação de Deus e da vida cristã. Dão a impressão de que Deus não deseja que os Seus filhos sejam felizes, e assim dão falso testemunho contra o nosso Pai Celeste.

Satanás exulta quando consegue levar os filhos de Deus à incredulidade e ao desânimo. Ele deleita-se em ver-nos sem confiança em Deus, duvidando da Sua vontade e do Seu poder para nos salvar. Ele gosta de nos levar a sentir que o Senhor nos faz mal com as Suas providências. O objectivo de Satanás é representar o Senhor como Alguém sem nenhuma compaixão nem misericórdia. Ele deturpa a verdade a respeito d'Ele. Enche a nossa imaginação com falsas ideias a respeito de Deus; e, em vez de nos demorarmos na verdade a respeito do nosso Pai Celestial, muitas vezes fixamos a nossa mente sobre as falsidades de Satanás e desonramos a Deus ao desconfiarmos d'Ele e ao murmurarmos contra Ele. Satanás procura sempre fazer da vida religiosa uma vida sombria. Ele deseja fazê-la parecer enfadonha e difícil; e quando o cristão apresenta na sua própria vida esta visão da religião, ele está, mediante a sua incredulidade, a apoiar a falsidade de Satanás.

Muitos, ao longo da vida, concentram-se nos seus erros, fracassos e desapontamentos, e enchem, assim, o coração de dor e desânimo. Quando estive na Europa, uma irmã que passava por uma crise destas, e que se encontrava profundamente angustiada, escreveu-me, pedindo uma palavra de encorajamento. À noite, antes de ter recebido a carta dela, sonhei que estava num jardim, e alguém que parecia ser o proprietário do jardim conduzia-me pelos seus caminhos. Eu colhia as flores e deleitava-me a sentir o seu aroma, quando esta irmã, que ia ao meu lado, chamou a minha atenção para algumas silvas invisíveis que estavam a impedir o seu caminho. Ali estava ela, lamentando-se e queixando-se. Ela não andava no caminho, seguindo o guia, mas estava a caminhar por entre as silvas e os espinhos. "Oh", lamentou ela, "não é uma pena que este belo jardim esteja estragado com espinhos?" Então o guia disse: "Deixa os espinhos em paz, pois eles só te vão magoar. Colhe as rosas, os lírios e os cravos."

Não tem havido ocasiões felizes na tua experiência? Não tens tido algumas ocasiões maravilhosas quando o teu coração vibrou com alegria em resposta ao Espírito de Deus? Quando olhas em retrospectiva os capítulos da experiência da tua vida, não encontras aí algumas páginas agradáveis? Não estão as promessas de Deus, como as lindas flores, crescendo junto da tua vereda por todos os lados? Não permitirás que a sua beleza e delicadeza encham o teu coração de alegria?

As silvas e os espinhos apenas te ferirão e afligirão; e se tu apenas colheres estas coisas, e as apresentares a outros, não estás tu, além de menosprezares a bondade de Deus, a impedir que os que estão à tua volta andem na vereda da Vida?

Não é sábio reunir todas as lembranças desagradáveis de uma vida passada - as suas falhas e os seus desapontamentos - falar delas e afligir-se por elas até que fiquemos abatidos pelo desânimo. Uma pessoa desanimada está cheia de medos, excluindo a luz de Deus do seu próprio coração e lançando uma sombra no caminho dos outros.

Graças a Deus pelas cenas agradáveis que Ele nos tem apresentado. Reunamos as abençoadas certezas do Seu amor, para que possamos olhar para elas continuamente: o Filho de Deus, deixando o trono do Pai, vestindo a Sua divindade com a humanidade, para que pudesse resgatar o homem do poder de Satanás; o Seu triunfo em nosso favor, abrindo o Céu aos homens, revelando à visão humana o lugar onde a Divindade manifesta a Sua glória; a raça caída, erguida do abismo da ruína para dentro do qual o pecado a tinha atirado, e posta de novo em união com o infinito Deus, e tendo suportado o teste divino pela fé no nosso Redentor, vestida com a justiça de Cristo, e exaltada ao Seu trono - estas são as cenas que Deus deseja que contemplemos.

Quando parece que duvidamos do amor de Deus e desconfiamos das Suas promessas, nós desonramos e ofendemos o Seu Santo Espírito. Como se sentiria uma mãe se os seus filhos estivessem a queixar-se constantemente dela, como se ela não lhes quisesse bem, quando o esforço de toda a sua vida tivesse sido no sentido de lhes proporcionar toda a feliciadde e o máximo conforto? Supõe que eles duvidassem do seu amor; isso entristeceria o seu coração. Como se sentiria qualquer pai de ser assim tratado pelos seus filhos? E como pode o nosso Pai Celestial considerar-nos, quando desconfiamos do Seu amor, que O levou a dar o Seu Filho unigénito para que possamos ter vida? O apóstolo escreve: "Aquele que nem mesmo o Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também, com Ele, todas as coisas? Romanos 8:32. E, no entanto, quantos, pelas suas acções, se não por palavras, estão a dizer: "O Senhor não diz isto para mim. Talvez Ele ame outros, mas não a mim."

Tudo isto prejudica a tua própria alma; por cada palavra de dúvida que tu proferes estás a convidar as tentações de Satanás; estás a fortalecer em ti a tendência para duvidades, e isso afasta de ti, por se sentirem ofendidos, os anjos ministradores. Quando Satanás te tentar, não profiras palavra alguma de dúvida ou receio. Se optares por abrir a porta às suas sugestões, a tua mente encher-se-á de desconfiança e dúvida rebelde. Se expressares os teus sentimentos, cada dúvida que proferires não só se repercute sobre ti mesmo, como é uma semente que germinará e dará fruto na vida de outros, e pode ser impossível contrariar a influência das tuas palavras. Tu próprio podes ser capaz de recuperar de uma tentação ou armadilha de Satanás, mas outros, que foram arrastados pela tua influência, podem não ser capazes de escapar da incredulidade que tu lhes sugeriste. Quão importante é que falemos somente aquelas coisas que darão força e vida espirituais!

Há anjos atentos para ouvir que espécie de relatório tu estás a apresentar ao mundo acerca do teu Mestre Celestial. Que a tua conversação seja sobre Aquele que viveu para fazer intercessão por ti perante o Pai. Quando pegas na mão de um amigo, que haja louvor a Deus nos teus lábios e no teu coração. Isto atrairá os seus pensamentos para Jesus.

Todos têm provações; aflições difíceis de suportar, tentações a que é difícil resistir. Não contes as tuas dificuldades aos teus companheiros mortais, mas leva tudo a Deus em oração. Estabelece a regra de nunca proferires uma palavra de dúvida ou desânimo. Podes fazer muito para tornares mais alegre a vida de outros e fortaleceres os seus esforços, com palavras de esperança e alegria.

Há muita gente corajosa dolorosamente pressionada pela tentação, quase prestes a sucumbir no conflito com o eu e os poderes do Mal. Não desanimes essas pessoas na sua árdua luta. Encoraja-as com palavras de incentivo e esperança que as animem no seu caminho. Assim a luz de Cristo pode brilhar a partir de ti. "Nenhum de nós vive para si mesmo." Romanos 14:7. Pela nossa influência inconsciente, outros podem ser encorajados e fortalecidos, ou podem ser desanimados e afastados de Cristo e da verdade.

Há muitos que têm uma ideia errada da vida e do carácter de Cristo. Pensam que Ele não era simpático ou alegre, que Ele era austero, severo e tristonho. Em muitos casos, a experiência religiosa é prejudicial com estas opiniões sombrias.

Diz-se frequentemente que Jesus chorou e que Ele nunca foi visto a sorrir. O nosso Salvador foi, de facto, um Homem que sofreu, familiarizado com a aflição, pois Ele abriu o coração a todos os infortúnios dos homens. Mas, embora a Sua vida fosse abnegada e ensombrada com dores e cuidados, o Seu espírito não Se abatia. o Seu semblante não apresentava uma expressão de pesar e desgosto, mas estava sempre pacífico e sereno. O Seu coração era uma fonte de vida, e onde quer que ia levava repouso e paz, alegria e regozijo.

O nosso Salvador era profundamente sério e preocupava-Se sinceramente, mas nunca foi melancólico ou taciturno. A vida daqueles que O imitam deverá ser cheia de fervorosos propósitos; terão um senso profundo de responsabilidade pessoal. A leviandade será reprimida; não haverá diversão imoral, nem galhofas grosseiras; pelo contrário, a religião de Cristo dá paz como um rio. Não apaga a luz da alegria; não restringe a jovialidade, nem emsombra o rosto radiante e sorridente. Cristo veio não para ser servido, mas para servir; e, quando o Seu amor reina no coração, seguiremos o Seu exemplo.

Se dermos a primazia, na nossa mente, aos actos grosseiros e injustos dos outros, acharemos impossível amá-los como Cristo nos amou; mas se os nossos pensamentos se demorarem no amor e na compaixão maravilhosos de Cristo por nós, o mesmo espírito passará de nós para os outros. Devemos amar-nos e respeitar-nos uns aos outros, não obstante as faltas e imperfeições que não podem deixar de se ver. A humildade e a desconfiança do eu devem ser cultivadas, assim como uma paciente brandura para com as faltas dos outros. Isto aniquilará todo o egoísmo mesquinho e fará com que sejamos generososs e magnânimos.

O Salmista diz: "Confia no Senhor e faz o bem; habitarás na terra e verdadeiramente serás alimentado." Salmos 37:3. "Confia no Senhor." Cada dia tem as suas cargas, os seus cuidados e as suas perplexidades; e quando nos encontramos uns com os outros, tendemos, muitas vezes, a falar das nossas dificuldades e provações. Tantos problemas alheios se insinuam, condescendemos com tantos temores, exprimimos um tão grande peso de ansiedade, que uma pessoa poderia supor que não temos um Salvador misericordioso e amoroso pronto a ouvir todos os nossos pedidos e a ser para nós uma ajuda presente em cada ocasião de necessidade.

Alguns estão sempre temerosos e a pensar em problemas. Cada dia são rodeados com os sinais do amor de Deus; cada dia estão a desfrutar dos benefícios da Sua providência; mas passam por alto estas bênçãos presentes. A sua mente está continuamente a pensar em coisas desagradáveis que receiam que possam vir; ou em alguma dificuldade que pode realmente existir que, embora pequena, cega os seus olhos para as muitas coisas que devem agradecer. As dificuldades que enfrentam, em vez de os impelir para Deus, a única Fonte de ajuda, separam-nos d'Ele, porque despertaram o desassossego e a murmuração.

Fazemos nós bem em ser assim incrédulos? Porque havemos de ser ingratos e desconfiados? Jesus é o nosso amigo; todo o Céu está interessado no nosso bem-estar. Não devemos permitir que as perplexidades e preocupações de cada dia aflijam a mente e anuviem a fronte. Se o fizermos, teremos sempre alguma coisa para nos molestar e incomodar. Não devemos condescender com uma solicitude que apenas nos irrita e desgasta, mas que não nos ajuda a suportar provações.

Podes estar perplexo nos negócios; as tuas perspectivas podem ficar cada vez mais sombrias e podes até ser ameaçado com perdas; mas não te deixes desanimar; lança os teus cuidados sobre Deus, e permanece calmo e animado. Ora por sabedoria para dirigires os teus negócios com discrição e assim evitares perdas e desastres. Faz tudo o que estiver ao teu alcance para alcançares resultados favoráveis. Jesus prometeu a Sua ajuda, mas não à parte do nosso esforço. Quando, confiando no nosso Ajudador, fizeres tudo ao teu alcance, aceita os resultados alegremente.

Não é vontade de Deus que o seu povo esteja sobrecarregado com cuidados. Mas o nosso Senhor não nos engana. Ele não nos diz: "Não temas; não há perigo algum no teu caminho." Ele sabe que há provações e perigos, e por isso lida connosco francamente. Ele não Se propõe tirar o Seu povo de um mundo de pecado e maldade, mas aponta-lhes um refúgio que nunca falha. A Sua oração pelos Seus discípulos foi: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal." No mundo", disse Ele, "tereis aflições, mas, tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 17:15; 16:33.

No Seu sermão da montanha, Cristo ensinou preciosas lições aos Seus discípulos a respeito da necessidade de confiar em Deus. Estas lições destinavam-se a animar os filhos de Deus em todas as épocas, e elas chegaram até ao nosso tempo plenas de instrução e conforto. O Salvador apontou aos Seus seguidores as aves do ar, enquanto chilreavam nos seus gorjeios de louvor, livres de pensamentos de inquietação, "que nem semeiam, nem segam." E, no entanto, o grande Pai satisfaz as suas necessidades. O Salvador pergunta: "Não tendes vós muito mais valor do que elas?" Mateus 6:26. O grande Fornecedor dos homens e animais abre a Sua mão e supre todas as Suas criaturas. As aves do céu não Lhe passam despercebidas. Ele não coloca o alimento nos seus bicos, mas providencia para as suas necessidades. Elas devem colher as sementes que Ele espalhou para elas. Devem preparar o material para os seus pequenos ninhos. Devem alimentar os seus filhotes. Elas saem para o seu labor a cantar, porque o "vosso Pai Celestial as alimenta." E "não tendes vós muito mais valor do que elas?" Não sois vós, como adoradores inteligentes e espirituias, de mais valor do que as aves do céu? Não proverá o Autor do nosso ser, o Preservador da nossa vida, Aquele que nos formou à Sua própria imagem, as nossas próprias necessidades se simplesmente confiarmos n'Ele?

Cristo apontou aos Seus discípulos as flores do campo, crescendo em abundância e resplandecendo com a beleza simples com a qual o Pai Celestial as dotou, como uma expressão do Seu amor pelo homem. Ele disse: "Olhem os lírios do campo, como eles crescem." A beleza e a simplicidade destas flores naturais sobrepujam em excelência o esplendor de Salomão. O mais vistoso vestuário produzido pela habilidade da arte não se pode comparar com a graça natural e a beleza radiante das flores da criação de Deus. Jesus pergunta: "Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" Mateus 6:28, 30. Se Deus, o artista divino, dá às flores, que perecem num dia, as suas delicadas e variadas cores, quanto maior cuidado Ele não tem por aqueles que foram criados à Sua própria imagem? Esta lição de Cristo é uma censura aos pensamentos ansiosos, às perplexidades e dúvidas do coração desprovido de fé.

O Senhor deseja que todos os Seus filhos e filhas sejam felizes, pacíficos e obedientes. Jesus diz: "A Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." "Tenho-vos dito isto, para que o Meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo." João 14:27; 15:11.

A felicidade que é procurada por motivos egoístas, fora do caminho do dever, é desequilibrada, cheia de altos e baixos e transitória; mas há alegria e satisfação no serviço de Deus; o cristão não é deixado a andar em veredas incertas; não é deixado no meio de tristezas e desapontamentos. Se não tivermos os prazeres desta vida, podemos ainda ser felizes ao olharmos para a vida futura na eternidade.

Mas, mesmo aqui, os cristãos podem ter a alegria da comunhão com Cristo; podem ter a luz do Seu amor, o consolo perpétuo da Sua presença. Cada passo na vida pode trazer-nos para mais perto de Jesus, pode dar-nos uma experiência mais profunda do Seu amor, e trazer-nos um passo para mais perto do abençoado lar de paz. Portanto, não rejeitemos a nossa confiança, mas tenhamos firme certeza, mais firme do que nunca antes. "Até aqui nos ajudou o Senhor", e Ele nos ajudará até ao fim (I Samuel 7:12). Olhemos para os marcos comemorativos, recordações daquilo que o Senhor tem feito para nos confortar e salvar da mão do destruidor. Mantenhamos vívidas na nossa memória todas as ternas misericórdias que o Senhor nos tem mostrado - as lágrimas que Ele limpou, as dores que Ele suavizou, as ansiedades removidas, os temores dispersados, as necessidades supridas, as bênçãos concedidas - fortalecendo-nos assim para tudo o que está diante de nós no resto da nossa peregrinação.

Podemos, sem dúvida, esperar por novas perplexidades no conflito vindouro, mas podemos também olhar tanto para o passado como para o futuro, e dizer: "Até aqui nos ajudou o Senhor." "E a tua força será como os teus dias." Deuteronómio 33:25. A prova não excederá a força que nos será dada para a suportar. Então, peguemos no nosso trabalho exactamente onde o encontramos, crendo que seja o que for que aconteça, ser-nos-á dada força proporcional à prova.

E em breve os portões do Céu serão abertos de par em par para receber os filhos de Deus, e dos lábios do Rei da glória soará a bênção que penetrará nos seus ouvidos como a mais preciosa música: "Vinde benditos do Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34.

Então, os remidos serão bem-vindos ao lar que Jesus está a preparar para eles. Aí, os seus companheiros não serão os vis da Terra, os mentirosos, os idólatras, os impuros e os incrédulos; pelo contrário, eles associar-se-ão com aqueles que venceram Satanás e pela graça divina formaram caracteres perfeitos. Toda a tendência pecaminosa, toda a imperfeição que os aflige aqui foram removidas pelo sangue de Cristo, e a grandeza e o esplendor da Sua glória, excedendo em muito o brilho do sol, são-lhes conferidos. E a beleza moral, a perfeição do seu carácter, resplandecem através deles, excedendo em muito a importância deste esplendor exterior. Eles estão sem falta perante o grande trono branco, partilhando a dignidade e os privilégios dos anjos.

Em face da gloriosa herança que pode ser sua, "que dará o homem em recompensa da sua alma?" Mateus 16:26. Ele pode ser pobre, todavia possui em si mesmo uma riqueza e dignidade que o mundo nunca poderia dar. A pessoa redimida e purificada do pecado, com todas as suas nobres faculdades dedicadas ao serviço de Deus, é de um valor transcendente; e há alegria no Céu, na presença de Deus e dos anjos, quando um pecador é resgatado, e essa alegria é expressa em cânticos de triunfo.


«SE  ÉS  UM  SEGUIDOR  DE  CRISTO,
ELE  ENVIA  ATRAVÉS  DE  TI  UMA  CARTA
À  TUA  FAMÍLIA,  À  ALDEIA,  À  RUA  ONDE  TU  VIVES.»


«DEIXA  OS  ESPINHOS  EM  PAZ,
POIS  ELES  SÓ  TE  VÃO  MAGOAR.
COLHE  AS  ROSAS,  OS  LÍRIOS  E  OS  CRAVOS.»


«A  RELIGIÃO  DE  CRISTO  DÁ  PAZ  COMO  UM  RIO.
NÃO  APAGA  A  LUZ  DA  ALEGRIA.»


«TEMOS  UM  SALVADOR  MISERICORDIOSO  E  AMOROSO,
PRONTO  A  OUVIR  TODOS  OS  NOSSOS  PEDIDOS
E  A  SER  PARA  NÓS  UMA  AJUDA  PRESENTE  EM  CADA  OCASIÃO  DE  NECESSIDADE.»


«ELE  NÃO  SE  PROPÕE
TIRAR  O  SEU  POVO  DE  UM  MUNDO  DE  PECADO  E  MALDADE,
MAS  APONTA-LHES  UM REFÚGIO  QUE  NUNCA  FALHA.»


«SE  NÃO  TIVERMOS  OS  PRAZERES  DESTA  VIDA,
PODEMOS  AINDA  SER  FELIZES
EM  OLHAR  PARA  A  VIDA  FUTURA  NA  ETERNIDADE.»

sexta-feira, 2 de julho de 2010

12. EXPULSA A DÚVIDA


Muitos, especialmente os que são novos na vida cristã, são, por vezes, perturbados com as sugestões de cepticismo. Há muitas coisas na Bíblia, que não sabem explicar, ou sequer compreender, e Satanás emprega estas coisas para abafar a sua fé nas Escrituras como uma revelação de Deus. Eles perguntam: "Como posso saber qual é o caminho verdadeiro? Se a Bíblia é, na verdade, a Palavra de Deus, como posso libertar-me destas dúvidas e perplexidades?"

Deus nunca nos pede para crermos sem nos dar evidências suficientes sobre as quais basear a nossa fé. A Sua existência, o Seu carácter, a veracidade da Sua Palavra, estão todos demonstrados num testemunho que apela à nossa razão; e este testemunho é abundante. Todavia, Deus nunca removeu a possibilidade de dúvida. A nossa fé deve repousar sobre evidência e não demonstração. Aqueles que quiserem duvidar terão oportunidade para isso; enquanto que aqueles que desejarem realmente conhecer a verdade encontrarão ampla evidência sobre a qual firmar a fé.

É impossível à mente finita compreender plenamente o carácter ou as obras do Infinito. Para o intelecto mais brilhante, a mente mais altamente educada, esse Ser santo deve permanecer sempre envolto em mistério: "Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? Como as alturas dos céus é a Sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno, que poderás tu saber?" Job 11:7, 8.

O apóstolo Paulo exclama: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inexcrutáveis os Seus caminhos!" Romanos 11:33. Mas, embora "nuvens e escuridão estejam ao Seu redor", "justiça e juízo são a base do Seu trono." Salmos 97:2. Agora podemos compreender a Sua maneira de lidar connosco, e os motivos que O movem; podemos discernir amor e misericórdia ilimitados, unidos ao poder infinito. Podemos compreender tanto dos Seus propósitos quanto seja para o nosso bem conhecer; e, para além disto, devemos ainda confiar na mão que é omnipotente e no coração que está cheio de amor.

A Palavra de Deus, como o carácter do seu divino Autor, apresenta mistérios que nunca podem ser plenamente compreendidos por seres finitos. A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição e muitos outros temas apresentados na Bíblia, são mistérios demasiado profundos para a mente humana explicar, ou mesmo compreender plenamente. Mas não temos razão alguma para duvidar da Palavra de Deus por não podermos compreender os mistérios da Sua providência. No mundo natural, estamos constantemente rodeados de mistérios que não conseguimos entender. As mais humildes formas de vida representam um problema que o mais sábio dos filósofos não pode explicar. Por toda a parte encontram-se maravilhas que ultrapassam a nossa inteligência. Deveríamos ficar surpreendidos de encontrar no mundo espiritual mistérios insondáveis? A dificuladde reside apenas na debilidade e estreiteza do intelecto humano. Deus deu-nos nas Escrituras provas suficientes do carácter divino das mesmas, e não temos o direito de duvidar da Sua palavra pelo facto de não podermos entender todos os mistérios da Sua providência.

O apóstolo Pedro diz que há nas escrituras "coisas difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, ... para sua própria destruição." II Pedro 3:16. As dificuldades da Escritura têm sido apontadas pelos cépticos como argumento contra a Bíblia; mas, pelo contrário, elas constituem forte evidência da sua divina inspiração. Se elas não contivessem nenhuma declaração de Deus, mas somente o que pudéssemos facilmente compreender; se a Sua grandeza e majestade pudessem ser entendidas por mentes finitas, então a Bíblia não conteria as credenciais inegáveis de autoridade divina. A própria grandeza e o mistério dos temas apresentados deveriam inspirar fé nela como a Palavra de Deus.

A Bíblia revela a verdade com uma simplicidade e uma perfeita adaptação às necessidades e aos desejos do coração humano, que tem surpreendido e encantado as mentes mais cultas, enquanto que habilita o mais humilde e inculto a encontrar o caminho da salvação. E, contudo, estas verdades declaradas de modo simples abarcam temas tão elevados, de tão vasto alcance, tão infinitamente para além do poder da compreensão humana, que as podemos aceitar somente porque Deus as declarou. Assim o plano da redenção é desdobrado perante nós, para que cada pessoa possa ver os passos que precisa de dar em arrependimento para com Deus e fé para com o nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de ser salva da maneira designada por Deus; todavia, sob estas verdades, tão facilmente compreendidas, permanecem mistérios que encobrem a Sua glória - mistérios que ultrapassam a mente na sua pesquisa, mas que inspiram reverência e fé ao pesquisador sincero da verdade. Quanto mais ele pesquisa a Bíblia, mais profunda é a sua convicção de que ela é a Palavra do Deus vivo, e a razão humana curva-se ante a majestade da revelação divina.

Reconhecer que não conseguimos compreender completamente as grandes verdades da Bíblia é apenas admitir que a mente finita é inadequada para abarcar o infinito; que o homem, com o seu conhecimento humano limitado, não consegue compreender os propósitos da Omnisciência.

Porque não conseguem sondar todos os seus mistérios, o céptico e o infiel rejeitam a Palavra de Deus; e nem todos os que professam crer na Bíblia estão livres de perigo neste ponto. O apóstolo Paulo diz: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e descrente, para se apartar do Deus vivo." Hebreus 3:12. É correcto estudar de perto os ensinos da Bíblia e pesquisar "as coisas profundas de Deus" tão longe quanto elas estão reveladas na Escritura (I Coríntios 2:10). Enquanto que "as coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus, as reveladas, porém, são para nós." Deuteronómio 29:29. Mas é trabalho de Satanás perverter as faculdades investigativas da mente. Um certo orgulho é misturado com o estudo da verdade da Bíblia, de modo que os homens se sentem impacientes e derrotados se não conseguem explicar, a seu contento, cada porção da Escritura. É demasiado humilhante para eles reconhecerem que não compreendem as palavras inspiradas. Não se dispõem a esperar pacientemente até que Deus ache conveniente revelar-lhes a verdade. Sentem que a sua sabedoria humana é suficiente para os habilitar a compreender a Escritura e, não o conseguindo, negam virtualmente a sua autoridade. É verdade que muitas teorias e doutrinas, que popularmente se supõe terem derivado da Bíblia, não têm nenhum fundamento no seu ensino, e são, na verdade, contrárias a todo o teor da inspiração. Estas coisas têm sido uma causa de dúvida e perplexidade para muitas mentes. Elas não são, contudo, da responsabilidade da Palavra de Deus, mas da perversão dela por parte do homem.

Se fosse possível a seres criados atingir uma completa compreensão de Deus e das Suas obras, então, tendo atingido este ponto, não haveria para eles mais nenhuma descoberta da verdade, nenhum crescimento no conhecimento, nenhum novo desenvolvimento da mente ou do coração. Deus deixaria de ser supremo; e o homem, tendo atingido o limite do conhecimento e da consecução, deixaria de avançar. Agradeçamos a Deus por não ser assim. Deus é infinito: n'Ele "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência." Colossenses 2:3. E por toda a eternidade os homens poderão estar sempre a pesquisar, sempre a aprender sem nunca esgotarem os tesouros da Sua sabedoria, da Sua bondade e do Seu poder.

Deus pretende que, mesmo nesta vida, as verdades da Sua Palavra estejam constantemente a ser desvendadas ao Seu povo. Há apenas um meio pelo qual este conhecimento pode ser alcançado. Nós só podemos alcançar uma compreensão da Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual a Palavra foi dada. "Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus"; "porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus." I Coríntios 2:11, 10. E a promessa do Salvador aos discípulos foi: "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; ... Porque há-de receber do que é Meu, e vo-lo há-de anunciar." João 16:13, 14.

Deus deseja que o homem exercite as suas faculdades de raciocínio; e o estudo da Bíblia fortalecerá e elevará a mente como nenhum estudo o pode fazer. Contudo, devemos acautelar-nos para não deificarmos a razão, a qual está sujeita às fraquezas e enfermidades da humanidade. Se não queremos que as Escrituras se fechem à nossa compreensão, de modo que as verdades mais claras deixem de ser compreendidas, devemos ter a simplicidade e a fé de uma criancinha, pronta para aprender, e rogando a ajuda do Espírito Santo. A noção do poder e da sabedoria de Deus, e da nossa incapacidade em compreender a Sua grandeza, deveria inspirar-nos humildade, e deveríamos abrir a Sua Palavra como se entrássemos na Sua presença, com santidade e temor. Quando nos abeiramos da Bíblia, a razão deve reconhecer uma autoridade superior a si mesma, e o coração e o intelecto devem curvar-se perante o grande EU SOU.

Há muitas coisas aparentemente difíceis ou obscuras, que Deus tornará claras e simples àqueles que assim buscam uma compreensão delas. Mas, sem a orientação do Espírito Santo, estaremos continuamente sujeitos a torcer as Escrituras ou a interpretá-las mal. Há muita leitura da Bíblia sem proveito algum e em muitos casos até prejudicial. Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e oração; quando os pensamentos e as afeições não estão fixos em Deus, ou em harmonia com a Sua vontade, a mente fica nublada com dúvidas; e, no próprio estudo da Bíbia, fortalece-se o cepticismo. O inimigo toma o controlo dos pensamentos, e sugere interpretações que não são correctas. Sempre que os homens não estiverem, em palavras e actos, em harmonia com Deus, então, não importa quão cultos sejam, estão sempre sujeitos a errar na sua compreensão das Escrituras, e não é seguro confiar nas suas explicações. Aqueles que vão às Escrituras para encontrar discrepâncias não têm visão espiritual. Com visão distorcida, verão muitas razões para dúvida e descrença em coisas que são realmente claras e simples.

Disfarcem-no como quiserem, a verdadeira causa para a dúvida e o cepticismo, em muitos casos, é o amor ao pecado. Os ensinos e as restrições da Palavra de Deus não são bem-vindos ao coração orgulhoso, amante do pecado, e os que não estão dispostos a obedecer aos seus requisitos estão prontos a duvidar da sua autoridade. Para chegarmos à verdade, precisamos de ter um desejo sincero de conhecer a verdade e uma disposição de coração para lhe obedecer. E todos os que se chegarem ao estudo da Bíblia com este espírito encontrarão grande evidência de que ela é a Palvra de Deus, e podem obter uma compreensão das suas verdades que os farão sábios para a salvação.

Cristo disse: "Se alguém quiser fazer a vontade d'Ele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus." João 7:17. Em vez de questionar e cavilar a respeito daquilo que não compreendes, presta atenção à luz que já brilha sobre ti, e então receberás maior luz. Pela graça de Cristo, realiza todo o dever que se tornou claro à tua compreensão, e serás habilitado a compreender e a realizar aqueles dos quais agora duvidas.

Há uma evidência que está patente a todos - aos mais cultos e aos mais iletrados - a evidência da experiência. Deus convida-nos a provar por nós mesmos a fidedignidade da Sua palavra, a verdade das Suas promessas. Ele ordena-nos: "Provai e vede que o Senhor é bom." Salmos 34:8. Em vez de dependermos da palavra de outrem, devemos provar por nós mesmos. Ele declara: "Pedi, e recebereis." João 16:24. As Suas promessas cumprir-se-ão. Elas nunca falharam; elas nunca podem falhar. E, à medida que nos aproximarmos de Jesus, nos regozijarmos na plenitude do Seu amor, as nossas dúvidas e os nossos receios desaparecerão perante a luz da Sua presença.

O apóstolo Paulo diz que Deus "nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor." Colossenses 1:13. E todo aquele que passou da morte para a vida "esse confirmou que Deus é verdadeiro". João 3:33. Ele pode testificar: "Eu precisava de ajuda, e encontrei-a em Jesus. Cada necessidade foi suprida, a fome da minha alma foi satisfeita; e agora a Bíblia é para mim a revelação de Jeus Cristo. Perguntas porque é que eu creio em Jesus Cristo? Porque Ele é para mim um Salvador divino. Porque creio na Bíblia? Porque descobri que ela é a voz de Deus que fala ao meu coração. "Nós podemos ter o testemunho, em nós mesmos, de que a Bíblia é verdadeira, de que Cristo é o Filho de Deus. Sabemos que não estamos a seguir fábulas engenhosamente elaboradas.

Pedro exorta os seus irmãos a crescer "na graça e conhecimento do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo." II Pedro 3:18. Quando o povo de Deus está a crescer na graça, está a obter constantemente uma compreensão mais clara da Sua Palavra. Discernirá nova luz e beleza nas Suas sagradas verdades. Isto tem sido verdade na História da Igreja em todas as épocas, e assim continuará a ser até ao fim. "A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito." Provérbios 4:18.

Pela fé, podemos olhar para o futuro e entender a promessa de Deus para um crescimento do intelecto: as faculdades humanas unindo-se com o divino e sendo colocadas em contacto directo com a Fonte da luz. Podemos regozijar-nos de que, na providência de Deus, aquilo que nos tem causado perplexidade será então tornado claro, as coisas difíceis de compreender encontrarão então uma explicação; e onde a nossa mente finita apenas descobriu confusão e propósitos frustrados, veremos a mais perfeita e bela harmonia. "Agora, vemos por espelho, em enigma, mas, então, veremos face a face; agora conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido." I Coríntios 13:12.


«DEUS  NUNCA  NOS  PEDE  PARA  CRERMOS
SEM  NOS  DAR  EVIDÊNCIAS  SUFICIENTES  SOBRE  AS  QUAIS  BASEAR  A  NOSSA  FÉ.»


«RECONHECER  QUE  NÃO  CONSEGUIMOS  COMPREENDER  COMPLETAMENTE
AS  GRANDES  VERDADES  DA BÍBLIA  É  APENAS  ADMITIR
QUE  A  MENTE  FINITA  É  INADEQUADA  PARA  ABARCAR  O  INFINITO.»


«DEUS  CONVIDA-NOS  A  PROVAR  POR  NÓS  MESMOS  A  FIDEDIGNIDADE  DA  SUA  PALAVRA,
A  VERDADE  DAS  SUAS  PROMESSAS.
ELE  ORDENA-NOS:  "PROVAI  E  VEDE  QUE  O  SENHOR  É  BOM.» SALMOS 34:8