sexta-feira, 25 de junho de 2010

11. O PRIVILÉGIO DE FALAR COM DEUS


Deus fala-nos através da Natureza, da Revelação, da Sua providência e da influência do Seu Espírito. Mas estas não são suficientes; nós precisamos também de Lhe abrir o nosso coração. A fim de termos vida e energias espirituais, devemos ter um relacionamento real com o nosso Pai Celestial. A nossa mente pode ser atraída para Ele; podemos meditar nas Suas obras, misericórdias e bênçãos; mas isto não é, no sentido pleno, comungar com Ele. Para comungarmos com Deus, devemos ter alguma coisa a dizer-Lhe a respeito da nossa vida real.

A oração é abrir o coração a Deus como a um amigo. Não que seja necessário para que Deus saiba o que somos, mas a fim de nos capacitar a recebê-l'O. A oração não nos traz Deus do alto até nós, mas eleva-nos até Ele.

Quando Jesus esteve na Terra, Ele ensinou os Seus discípulos a orar. Ele instruiu-os a apresentar as suas necessidades diárias diante de Deus, e a lançar sobre Ele todos os seus cuidados. E a certeza que Ele lhes deu, de que as suas orações seriam ouvidas, é uma certeza também para nós.

O próprio Jesus, enquanto viveu entre os homens, estava frequentemente em oração. O nosso Salvador identificou-Se com as nossas necessidades e fraquezas, pois tornou-Se um suplicante, pedindo ao Seu pai novas provisões de força, para que pudesse sair fortalecido para o dever e as provas. Ele é o nosso exemplo em todas as coisas. Ele é um irmão nas nossas doenças, "como nós, em tudo foi tentado"; mas Ele era o Ser sem pecado, e a Sua natureza revoltava-se contra o mal. Ele suportou lutas e torturas de alma num mundo de pecado. A Sua humanidade fez da oração uma necessidade e um privilégio. Ele encontrou conforto e alegria na comunhão com o Seu pai. E se o Salvador dos homens, o filho de Deus, sentiu necessidade de orar, quanto mais deviam seres mortais, fracos e pecadores, sentir a necessidade de oração fervorosa e constante.

O nosso Pai Celestial deseja derramar sobre nós a plenitude da Sua bênção. É nosso privilégio beber abundantemente na fonte do ilimitado amor. Que espanto orarmos tão pouco! Deus está pronto e disposto a ouvir a oração sincera do mais humilde dos Seus filhos; contudo, manifesta-se demasiada relutância da nossa parte em tornar conhecidas as nossas necessidades a Deus. Que podem os anjos celestiais pensar de pobres seres humanos impotentes, que estão sujeitos à tentação, quando o coração de Infinito Amor de Deus anseia por eles, pronto a dar-lhes mais do que eles podem pedir ou pensar, e todavia eles oram tão pouco e têm tão pouca fé? Os anjos gostam de prostrar-se diante de Deus; gostam de estar perto d'Ele. Eles consideram a comunhão com Deus a sua maior alegria; e os filhos da Terra, que precisam tanto da ajuda que só Deus pode dar, parecem satisfeitos em andar sem a luz do Seu Espírito, o companheirismo da Sua presença.

As trevas do maligno envolvem aqueles que negligenciam a oração. As tentações segredadas pelo inimigo seduzem-nos a pecar; e tudo isto porque eles não fazem uso dos privilégios que Deus lhes tem dado no encontro divino da oração. Porque são os filhos e as filhas de Deus tão relutantes em orar quando a oração é a chave na mão da fé para abrir o armazém do Céu, onde estão entesourados os ilimitados recursos da Omnipotência? Sem oração incessante e vigilância diligente estamos em perigo de nos tornarmos cada vez mais descuidados e de nos desviarmos do caminho certo. O adversário busca continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que nós não possamos, mediante súplica fervorosa e fé, obter graça e poder para resistir à tentação.

Há certas condições para que possamos esperar que Deus oiça e responda às nossas orações. Uma das primeiras é que sintamos a nossa necessidade da Sua ajuda. Ele prometeu: "Derramarei água sobre o sedento, e riso sobre a terra seca." Isaías 44:3. Os que sentem fome e sede de justiça, que anseiam por Deus, podem estar certos de que serão satisfeitos. O coração deve abrir-se à influência do Espírito, caso contrário, a bênção de Deus não pode ser recebida.

A nossa grande necessidade é, em si mesma, um argumento e intercede eloquentemente em nosso favor. Mas devemos pedir ao Senhor para fazer estas coisas para nós. Ele diz: "Pedi, e dar-se-vos-á." Mateus 7:7. E "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também, com Ele, todas as coisas?" Romanos 8:32.

Se acariciarmos a maldade no nosso coração, se nos apegarmos a algum pecado conhecido, o Senhor não nos ouvirá; mas a oração do coração penitente e contrito é sempre ouvida. Quando todos os males conhecidos forem corrigidos, podemos crer que Deus ouvirá as nossas petições. Os nossos próprios méritos nunca nos recomendarão ao favor de Deus; é a dignidade de Jesus que nos salvará, o Seu sangue que nos purificará; todavia, temos uma obra a fazer, cumprindo com as condições de aceitação.

Outro elemento de oração vitoriosa é a fé. "É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam." Hebreus 11:6. Jesus disse aos Seus discípulos: "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis." Marcos 11:24. Cremos nós na Sua palavra?

A certeza é ampla e ilimitada, e Aquele que prometeu é fiel. Quando não recebemos as coisas exactas que pedimos, na altura que pedimos, devemos continuar a crer que o Senhor ouve e responderá às nossas orações. Somos tão errantes e faltos de vista que às vezes pedimos coisas que não seriam uma bênção para nós, e o nosso Pai Celestial responde, com amor, às nosssas orações, dando-nos aquilo que será para o nosso melhor bem - aquilo que nós próprios desejaríamos se, com visão divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas como elas são realmente. Quando as nossas orações parecem não ser respondidas, devemos apegar-nos à promessa, pois o tempo da resposta virá certamente, e receberemos a bênção de que mais necessitarmos. Mas pretender que a oração será sempre respondida, conforme a coisa especial que pedimos e da maneira exacta como desejamos, é presunção. Deus é demasiado sábio para errar e demasiado bom para reter qualquer coisa boa aos que andam rectamente. Portanto, não temas confiar n'Ele, ainda que não vejas a resposta imediata às tuas orações. Descansa na Sua promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á."

Se nos aconselharmos com as nosss dúvidas e temores, ou tentarmos solucionar tudo o que não podemos ver claramente, antes de termos fé, as perplexidades apenas aumentarão e se aprofundarão. Mas, se formos a Deus, sentindo-nos impotentes e dependentes, como somos na verdade, e com humildade e confiança tornarmos conhecidas as nossas necessidades Àquele cujo conhecimento é infinito, que vê tudo na criação, e que governa tudo pela Sua vontade e palavra, Ele pode e quer atender ao nosso pedido, e fará brilhar luz no nosso coração. Mediante a oração sincera somos colocados em união com a mente do Infinito. Podemos não ter evidência alguma notável, na ocasião, de que a face do nosso Redentor está virada para nós com compaixão e amor, mas isto é assim mesmo. Podemos não sentir o Seu toque visível, mas a Sua mão está sobre nós com amor e ternura.

Quando nos aproximamos de Deus para Lhe pedir misericórdia e bênçãos, deveríamos ter um espírito de amor e perdão no nosso próprio coração. Como podemos orar: "Perdoa-nos as nossa dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mateus 6:12), e não obstante condescendermos com um espírito imperdoador? Se esperamos que as nossas próprias orações sejam ouvidas, devemos perdoar aos outros da mesma maneira e na mesma medida que esperamos ser perdoados.

A perseverança na oração é uma condição para receber. Devemos orar sempre, se quisermos crescer na fé e experiência. Devemos ser "insistentes na oração" (Romanos 12:12), "perseverar na oração, e vigiar nela com acção de graças" (Colossences 4:2). Pedro exorta os crentes a serem "sóbrios e vigiarem em oração." I Pedro 4:7. Paulo instrui: "As vossas petições sejam em tudo conhecidas, diante de Deus, pela oração e súplicas, com acção de graças." Filipenses 4:6. "Mas vós, amados", diz Judas, "orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus." Judas 20, 21. A oração incessante é a união constante entre a pessoa e Deus, de maneira que a vida de Deus flui para a nossa vida; e da nossa vida reflui pureza e santidade para Deus.

Há necessidade de diligência na oração; não permitas que nada te impeça quanto a ela. Faz todo o esforço por manteres aberta a comunhão entre Jesus e o teu coração. Procura oportunidades para ires onde se vai fazer oração. Aqueles que querem realmente ter comunhão com Deus serão vistos na reunião de oração, fiéis em cumprir o seu dever e fervorosos e ansiosos em colher todos os benefícios que puderem obter. Aproveitarão toda a oportunidade para se colocarem onde possam receber os raios de luz do Céu.

Devemos orar no círculo da família, e, acima de tudo, não devemos negligenciar a oraçãos secreta, pois é ela que sustenta a nossa vida espiritual. É impossível que a espiritualidade de uma pessoa floresça se a oração for negligenciada. A oração apenas na família ou em público não é suficiente. Na solidão, permite que o teu coração se abra inteiramente ao olhar perscrutador de Deus. A oração secreta só deve ser ouvida pelo Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve receber o fardo de tais petições. Na oração secreta, a mente fica livre das influências do ambiente, livre da agitação. Calma, mas fervorosamente, poderá alcançar Deus. Suave e duradoura será a influência que emana d'Aquele que vê em secreto, cujo ouvido está atento para ouvir a oração brotando do coração. Mediante fé calma e simples, a pessoa entretém comunhão com Deus e reune para si mesma raios de luz divina para fortalecer e suster no conflito com Satanás. Deus é a nossa torre de fortaleza.

Ora no teu aposento e, ao saíres para te ocupares no teu trabalho diário, ergue frequentemente o teu coração a Deus.

Foi assim que Enoque andou com Deus. Estas orações silenciosas erguem-se como incenso precioso diante do trono da graça. Satanás não pode vencer aquele cujo coração está assim firme em Deus.

Não há tempo ou lugar em que seja inapropriado dirigir uma petição a Deus. Não há nada que possa impedir-nos de mantermos o nosso coração no espírito de oração fervorosa. Entre as multidões da rua, no meio duma transacção comercial, podemos fazer uma oração a Deus e rogar por guia divina, tal como Neemias quando fez o seu pedido perante o rei Artaxerxes. Podemos encontrar um lugar de comunhão onde quer que estejamos. Deveríamos ter a porta do coração aberta continuamente e o nosso convite ascendendo ao Céu para que Jesus possa vir e habitar no nosso coração como um convidado especial.

Embora possa haver uma atmosfera poluída e corrompida ao nosso redor, não precisamos de respirar os seus miasmas, mas podemos viver no ar puro do céu. Podemos fechar todas as portas a imaginações impuras e pensamentos não santificados, se erguermos a mente à presença de Deus por meio da oração sincera. Aqueles cujo coração está aberto para receber o apoio e a bênção de Deus, andarão numa atmosfera mais santa do que a Terra e terão constante comunhão com o Céu.

Precisamos de ter perspectivas mais claras de Jesus e uma compreensão mais plena do valor das realidades eternas. A beleza da santidade deve encher o coração dos filhos de Deus; e, para que isto possa acontecer, deveríamos pedir a Deus revelações divinas de coisas celestiais.

Que o nosso coração se abra e se eleve, para que Deus possa conceder-nos um vislumbre da atmosfera celestial. Podemos manter-nos tão perto de Deus que em toda a inesperada provação os nossos pensamentos se voltem para Ele tão naturalmente como a flor se volta para o sol.

Leva as tuas necessidades, alegrias, tristezas, cuidados e temores a Deus. Tu não O sobrecarregas; não O fatigas. Aquele que conta os cabelos da tua cabeça não é indiferente às necessidades dos Seus filhos. "O Senhor é muito misericordioso e piedoso." Tiago 5:11. O Seu coração de amor é tocado pelas nossas tristezas e até pela nossa referência a elas. Nada é grande de mais para Ele suportar, pois Ele sustém os mundos e governa sobre todos os assuntos do Universo. Nada do que diz respeito à nossa paz é demasiado pequeno para Ele. Não há capítulo demasiado negro na nossa existência que Ele não leia; não há dificuldade demasiado difícil que Ele não solucione. Nenhuma calamidade cai sobre o mais pequeno dos Seus filhos, nenhuma ansiedade perturba o coração, nenhum regozijo feliz, nenhuma oração sincera escapa dos lábios, que o nosso Pai Celestial não observe, ou pelos quais não Se interesse imediatamente. "Ele sara os quebrantados de coração, e liga-lhes as feridas." Salmos 147:3. As relações entre Deus e cada pessoa são tão distintas e plenas como se não houvesse outra sobre a Terra para ser alvo do Seu cuidado vigilante, nenhuma outra pessoa por quem Ele deu o Seu amado Filho.

Jesus disse: "Pedireis em Meu nome, e não vos digo que rogarei por vós ao Pai; pois o mesmo Pai vos ama." "Eu vos escolhi a vós, ... a fim de que, tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai, Ele vo-lo conceda." João 16:26, 27; 15:16. Mas orar no nome de Jessus é algo mais do que a mera menção desse nome no princípio e no fim de uma oração. É orar com a mente e o espírito de Jesus, ao mesmo tempo em que cremos nas Suas promessas, descansamos na Sua graça e fazemos as Suas obras.

Deus não pretende que qualquer de nós se torne eremita ou monge e se retire do mundo, a fim de se dedicar somente à adoração. A vida deve ser como a vida de Cristo - entre as montanhas e as multidões. Aquele que nada mais faz senão orar, em breve cessa de orar, ou as suas orações se tornam uma rotina formal. Quando os homens se retiram da vida social, da esfera do dever cristão e de carregar a cruz; quando deixam de trabalhar fervorosamente para o Mestre, que trabalhou fervorosamente para eles, perdem o objectivo essencial da oração e não têm qualquer incentivo para a devoção. Não conseguem orar, pedindo forças para trabalhar para o bem da humanidade e para a edificação do reino de Cristo.

Perdemos quando negligenciamos o privilégio de nos associarmos para nos fortalecermos e encorajarmos uns aos outros no serviço de Deus. As verdades da Sua palavra perdem a sua vivacidade e importância na nossa mente. O nosso coração deixa de ser iluminado e despertado pela sua influência santificadora, e nós decaímos em espiritualidade. Nas nossas relações como cristãos, perdemos muito por falta de simpatia de uns para com os outros. Aquele que se fecha em si mesmo não está a preencher a posição que Deus lhe designou que ocupasse. O próprio cultivo dos elementos sociais da nossa natureza leva-nos a simpatizar com outros e é um meio de nos desenvolver e fortalecer para o serviço de Deus.

Se os cristãos se reunissem, falando uns aos outros do amor de Deus e das preciosas verdades da redenção, o seu próprio coração seria refrescado e eles refrescar-se-iam uns aos outros. Podemos estar a aprender mais diariamente sobre o nosso Pai Celestial, obtendo uma experiência recente da Sua graça; então, desejaremos falar do Seu amor; e, ao fazermos isto, o nosso próprio coração será aquecido e encorajado. Se pensássemos e falássemos mais de Jesus, e menos do eu, usufruiríamos muito mais da Sua presença.

Se pensássemos em Deus tão frequentemente como temos evidência do Seu cuidao por nós, mantê-l'O-íamos sempre nos nossos pensamentos e deleitar-nos-íamos em falar d'Ele e louvá-l'O. Nós falamos de coisas temporais porque temos interesse nelas. Falamos dos nossos amigos porque os amamos; as nossas alegrias e tristezas estão ligadas com eles. Todavia, temos razão infinitamente maior para amar mais a Deus do que aos nossos amigos terrestres; deveria ser a coisa mais natural do mundo colocá-l'O em primeiro lugar em todos os nossos pensamentos, falar da Sua bondade e testificar do Seu poder. As ricas dádivas que Ele nos tem concedido não se destinam a absorver tanto os nossos pensamentos e amor de modo que nada tenhamos para dar a Deus; elas devem servir para nos lembrarmos constantemente d'Ele e nos ligarmos com laços de amor e gratidão para com o nosso Benfeitor Celestial. Vivemos demasiado perto dos terrenos baixos da Terra. Ergamos os nossos olhos para a porta aberta do Santuário Celeste, onde a glória de Deus brilha na face de Cristo, que "pode também salvar, perfeitamente, os que por Ele se chegam a Deus." Hebreus 7:25.

Precisamos de louvar mais a Deus "pela Sua bondade e pelas Suas maravilhas para com os filhos dos homens." Salmos 107:8. Os nossos exercícios devocionais não deveriam consistir só em pedir e receber. Não estejamos sempre a pensar nas nossas necessidades e nunca nos benefícios que recebemos. Nenhum de nós ora demais, e somos demasiado tacanhos em dar graças. Nós somos os recipientes constantes das misericórdias de Deus, todavia quão pouca gratidão expressamos, quão pouco O louvamos por aquilo que Ele tem feito por nós.

Antigamente, o Senhor ordenou a Israel, quando se reunissem para o Seu serviço: "E ali comereis perante o Senhor, o vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que poreis a vossa mão, vós e as vossas casas, no que te abençoar o Senhor teu Deus." Deuteronómio 12:7. Aquilo que é feito para a glória de Deus, deve ser feito com alegria, com cânticos de louvor e acção de graças e não com tristeza e melancolia.

O nosso Deus é um Pai terno e misericordioso. O Seu serviço não deveria ser olhado como triste e penoso ao coração. Deveria ser um prazer adorar o Senhor e tomar parte na Sua obra. Deus não deseja que os Seus filhos, para quem providenciou tão grande salvação, ajam como se Ele fosse um capataz duro e exactor. Ele é o seu melhor amigo; e quando O adoram, Ele quer estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo o seu coração de alegria e amor. O Senhor deseja que os Seus filhos encontrem conforto em servi-l'O e mais prazer do que dificuldades ao realizarem o Seu trabalho. Ele deseja que os que vão adorá-l'O levem com eles preciosos pensamentos do Seu cuidado e amor, para que possam ser animados em todos os empreendimentos da vida diária, e recebam a graça necessária para lidar honesta e fielmente com todas as coisas.

Devemos reunir-nos á volta da cruz. Cristo, e Ele crucificado, deveria ser o tema de contemplação, de conversação e da nossa mais alegre emoção. Devíamos conservar nos nossos pensamentos cada bênção que recebemos de Deus e, quando reconhecemos o Seu grande amor, deveríamos estar dispostos a confiar tudo nas mãos que foram pregadas na cruz por nós.

O coração pode chegar mais perto do Céu através do louvor. Deus é adorado com cânticos e música nas cortes do alto e, ao expressarmos a nossa gratidão, estamos a aproximar-nos do culto das hostes celestiais. "Aquele que oferece louvor glorifica" a Deus (Salmos 50:23). Vamos, pois, com reverente alegria perante o nosso Criador, com "acções de graças e voz de melodia." Isaías 51:3.


«A  ORAÇÃO  É  ABRIR  O  CORAÇÃO  A  DEUS  COMO  A  UM  AMIGO.
NÃO  QUE  SEJA  NECESSÁRIO  PARA  QUE  DEUS  SAIBA  O  QUE  SOMOS,
MAS  A  FIM  DE  NOS  CAPACITAR  A  RECEBÊ-L'O


«A  ORAÇÃO  NÃO  NOS  TRAZ  DEUS  DO  ALTO  ATÉ  NÓS,
MAS  ELEVA-NOS  ATÉ  ELE.»


«A  ORAÇÃO  É  A  CHAVE  NA  MÃO  DA  FÉ
PARA  ABRIR  O  ARMAZÉM  DO  CÉU,
ONDE  ESTÃO  ENTESOURADOS  OS  ILIMITADOS  RECURSOS  DA  OMNIPOTÊNCIA.»


«DEUS  ESTÁ  PRONTO  E  DISPOSTO  A  OUVIR  A  ORAÇÃO  SINCERA
DO  MAIS  HUMILDE  DOS  SEUS  FILHOS.»


«QUANDO  AS  NOSSAS  ORAÇÕES  PARECEM  NÃO  SER  RESPONDIDAS,
DEVEMOS  APEGAR-NOS  À  PROMESSA,  POIS  O  TEMPO  DA  RESPOSTA  VIRÁ  CERTAMENTE,
E  RECEBEREMOS  A  BÊNÇÃO  DE  QUE  MAIS  NECESSITARMOS.»


«SE  PENSÁSSEMOS  EM  DEUS
TÃO  FREQUENTEMENTE  COMO  TEMOS  EVIDÊNCIA  DO  SEU  CUIDADO  POR  NÓS,
MANTÊ-L'O-ÍAMOS  SEMPRE  NOS  NOSSOS  PENSAMENTOS
E  DELEITAR-NOS-ÍAMOS  EM  FALAR  D'ELE  E  LOUVÁ-L'O